[GUIA COMPLETO] Naming: veja como é o processo de nomear uma marca e como escolher de forma estratégica

Nomear uma marca é um dos primeiros e mais determinantes passos na construção de sua identidade. Mais do que uma simples escolha fonética, o naming é um exercício estratégico que envolve semiótica, sonoridade, posicionamento e conexão emocional. 

O nome certo pode sintetizar a essência de um negócio, criar memórias afetivas e se tornar um ativo poderoso de diferenciação. Por outro lado, um nome mal planejado pode gerar confusão, dificultar o reconhecimento e até comprometer a percepção de valor.

Neste artigo, vamos explorar a importância do naming como ferramenta estratégica no branding, analisando seus princípios fundamentais, os desafios do processo criativo e as boas práticas para criar um nome forte, memorável e alinhado com os objetivos da marca.

Tenha ótimos insights com a leitura!

O que é naming?

Naming é o processo estratégico de criação de nomes para marcas, produtos, serviços e empresas. Mais do que apenas escolher uma palavra ou expressão atraente, o naming envolve um estudo aprofundado de mercado, cultura, percepção de valor e comunicação, garantindo que o nome representa a identidade e os diferenciais da marca.

Um nome eficaz deve ser memorável, diferenciado, alinhado ao posicionamento e capaz de criar conexões emocionais com o público. Ele precisa comunicar atributos essenciais da marca, seja de forma direta, evocativa ou metafórica.

O processo de naming se baseia em princípios da linguística, semiótica e psicologia da percepção, além de considerar aspectos práticos como disponibilidade jurídica (registro de marca), facilidade de pronúncia e compatibilidade com diferentes idiomas e mercados.

Naming não é apenas um detalhe da identidade visual ou verbal da marca; ele é um dos seus ativos mais importantes. O nome pode ser o primeiro ponto de contato com o público e, se bem construído, se torna um diferencial competitivo poderoso no mercado.

O que é naming no branding?

No branding, o naming se trata do conjunto de metodologias criativas e estratégicas para criar nomes icônicos e memoráveis. Todo o processo deve estar alinhado ao posicionamento, diferenciando a marca no mercado e potencializando sua capacidade de gerar conexão emocional com o público. 

Além disso, envolve aspectos linguísticos e culturais, garantindo que o nome reforce a identidade e os valores da marca.

Qual a importância do naming?

O naming é um dos pilares mais estratégicos do branding, pois o nome é, muitas vezes, o primeiro ponto de contato entre a marca e o público. 

Um nome bem escolhido cria identificação imediata, facilita a memorização e diferencia a marca em um mercado competitivo. Além disso, um nome forte transmite valores, propósito e posicionamento, reforçando a personalidade da marca e sua proposta de valor.

A escolha do nome também impacta a construção da percepção da marca a longo prazo, influenciando associações emocionais e culturais. Um nome inadequado pode gerar ruídos na comunicação, dificultar a expansão da marca para outros mercados ou até prejudicar seu registro legal.

Por isso, o naming deve ser pensado estrategicamente, alinhando criatividade e viabilidade mercadológica, para garantir um nome que não apenas represente a marca, mas que também potencialize seu reconhecimento, credibilidade e crescimento.

Como um bom nome cria competitividade?

  • Diferenciação no mercado – Destaca a marca em meio à concorrência.
  • Memorabilidade – Facilita a lembrança e o reconhecimento pelo público.
  • Conexão emocional – Gera identificação e engajamento com a audiência.
  • Facilidade de comunicação – Torna a marca mais clara e compreensível.
  • Força no posicionamento – Expressa propósito, valores e proposta de valor.
  • Versatilidade e escalabilidade – Permite crescimento e adaptação a novos mercados.
  • Impacto na percepção de valor – Transmite atributos como inovação, sofisticação e acessibilidade.
  • SEO e presença digital – Facilita a busca online e a construção de autoridade digital.
  • Registro e proteção legal – Evita conflitos jurídicos e assegura exclusividade.
  • Apoio à narrativa da marca – Reforça storytelling e a identidade da empresa.

Segundo Igor Pinterich, autor do livro O poder do naming, “Se você tem uma startup, se já empreendeu um dia, se tem cachorro, filho ou carro (por que não?), deve saber a dificuldade que é dar nome às coisas. Naming é isso aí, sem muito segredo: dar nome às coisas. Por trás de uma aparente simplicidade reside uma das mais difíceis e importantes disciplinas da Comunicação.”

Qual a relação do processo de naming com o INPI no Brasil? 

O processo de naming está diretamente ligado ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) no Brasil, pois é esse o órgão responsável pelo registro e proteção das marcas no país. 

Para garantir exclusividade sobre o nome escolhido, é essencial registrá-lo junto ao INPI, evitando conflitos legais e impedindo que concorrentes utilizem nomes idênticos ou semelhantes. Além disso, o registro fortalece a identidade da empresa, aumenta sua credibilidade e transforma a marca em um ativo estratégico.

Outro ponto importante é que o INPI classifica as marcas em diferentes categorias, sendo necessário enquadrá-las corretamente para garantir proteção dentro do segmento adequado. 

O registro tem validade de 10 anos e pode ser renovado, assegurando a exclusividade de uso no território brasileiro. Por isso, ao criar um nome para uma marca, é fundamental realizar uma busca prévia no INPI para verificar sua disponibilidade e garantir que a escolha seja viável do ponto de vista legal e estratégico.

Como é feito o processo de naming?

O processo de naming envolve uma abordagem estratégica e criativa para desenvolver um nome que represente a essência, os valores e a proposta de uma marca. Esse processo segue algumas etapas fundamentais:

1. Imersão e Pesquisa

Antes de criar qualquer nome, é essencial entender profundamente a marca, seu propósito, posicionamento, público-alvo e diferenciais competitivos. Essa fase envolve:

  • Análise do mercado e concorrência;
  • Identificação de tendências e oportunidades;
  • Definição dos atributos e valores da marca.

2. Definição de Direcionamento Estratégico

Com base na pesquisa, são estabelecidos critérios para a criação do nome, considerando aspectos como:

  • Personalidade da marca (sofisticada, jovem, inovadora, tradicional etc.);
  • Tom de voz e identidade verbal;
  • Percepção desejada pelo público.

3. Geração de Ideias (Brainstorming)

Nesta etapa, são exploradas diversas possibilidades de nomes, levando em conta técnicas como:

  • Uso de palavras existentes ou neologismos;
  • Combinação de termos ou radicais;
  • Inspiração em outras línguas e referências culturais;
  • Criação de siglas ou acrônimos.

4. Filtragem e Seleção

Após gerar múltiplas opções, os nomes são avaliados com base em critérios como:

  • Facilidade de pronúncia e memorização;
  • Originalidade e diferenciação no mercado;
  • Potencial de registro no INPI e disponibilidade de domínios digitais.

5. Testes e Validação

Os nomes finalistas podem passar por testes para medir sua aceitação e impacto, como:

  • Pesquisas com clientes potenciais;
  • Testes fonéticos e linguísticos para evitar conotações negativas;
  • Análises culturais para verificar adequação em diferentes contextos.

6. Registro e Proteção Legal

Com a escolha final definida, é fundamental iniciar o processo de registro no INPI, garantindo a exclusividade e proteção da marca no mercado.

7. Aplicação e Implementação

Por fim, o nome passa a ser incorporado à identidade da marca e suas estratégias de branding, incluindo:

  • Criação da identidade visual e verbal;
  • Aplicação em materiais de comunicação e campanhas;
  • Estratégias de lançamento e fortalecimento no mercado.

Esse processo estruturado garante que o nome escolhido não apenas represente a marca de forma autêntica, mas também tenha força competitiva, identidade clara e proteção legal.

Quais os tipos de nome de marca?

Os nomes de marca podem ser classificados em diferentes categorias, cada uma com estratégias e impactos distintos no branding. 

  • Nomes descritivos são aqueles que explicam diretamente o que a empresa faz, como YouTube e Banco do Brasil
  • Nomes sugestivos evocam atributos ou sensações ligadas à marca, como Nike (referência à deusa da vitória) e Airbnb (junção de “air mattress” e “B&B”, sugerindo hospedagem alternativa). 
  • Nomes abstratos são palavras sem significado prévio, mas que criam identidade única, como Kodak e Google
  • Nomes patronímicos utilizam nomes de fundadores, como Ford e Disney
  • Nomes geográficos fazem referência a locais, como Amazon e Havaianas
  • Nomes compostos combinam palavras ou radicais, como Facebook e LinkedIn
  • Nomes acrônimos ou siglas formam palavras a partir das iniciais de expressões maiores, como IBM e NASA

Cada tipo tem vantagens e desafios, sendo essencial escolher aquele que melhor se alinha à estratégia e identidade da marca.

Características de um bom nome de marca

matriz de naming
Matriz de naming

 

Os pilares de um bom nome de marca estão diretamente ligados à sua capacidade de gerar conexão, reconhecimento e diferenciação no mercado. Como especialistas em estratégia de marca, destacamos os principais fundamentos que garantem um naming eficiente e estratégico:

  1. Relevância estratégica – O nome deve estar alinhado ao propósito, valores e posicionamento da marca, comunicando de forma clara sua essência e proposta de valor.
  2. Diferenciação competitiva – Um nome forte se destaca em meio à concorrência, evitando similaridades com outras marcas e garantindo exclusividade no mercado.
  3. Memorabilidade – Deve ser fácil de lembrar e gerar reconhecimento imediato, facilitando a associação com a marca e aumentando sua presença na mente do público.
  4. Simplicidade e pronúncia acessível – Quanto mais simples e foneticamente agradável, maior a facilidade de comunicação e propagação espontânea.
  5. Adaptabilidade e expansão – O nome deve permitir crescimento e expansão para novos mercados, culturas e categorias sem limitar a atuação da marca.
  6. Disponibilidade jurídica e registro – Um bom nome precisa estar disponível para registro no INPI e ter domínio digital livre para evitar problemas legais e garantir exclusividade.
  7. Sonoridade e impacto emocional – Um nome eficaz gera ressonância emocional, criando um vínculo com o público por meio de sua sonoridade e significados subjacentes.

A escolha do nome certo é um passo fundamental para o sucesso da marca, garantindo coerência, força e longevidade no mercado.

Qual é a melhor metodologia para criação do naming de marca?

Existem diversas metodologias para criação do nome de uma marca. Aqui na Expans.ing, utilizamos uma metodologia proprietária que envolve uma experimentação colaborativa para a ideação do nome estratégico da uma marca.

Entre em contato conosco para criar seu nome! Podemos ajudá-lo a encontrar o nome certo.

Principais aprendizados deste artigo

    1. Naming como ferramenta estratégica: O nome de uma marca vai além de uma escolha fonética. Ele é uma parte crucial da identidade da marca, sendo fundamental para estabelecer conexões emocionais com o público e criar um diferencial competitivo no mercado.
    2. Importância da pesquisa e alinhamento: O processo de naming deve envolver uma análise aprofundada do mercado, do público-alvo e dos diferenciais da marca. O nome precisa refletir a essência, os valores e o posicionamento da marca para garantir autenticidade e coerência.
    3. Impacto no posicionamento e no reconhecimento: Um bom nome pode criar memórias afetivas e facilitar a diferenciação da marca em um mercado competitivo. A escolha certa pode fortalecer o reconhecimento e a percepção de valor da marca ao longo do tempo.
    4. Aspectos legais e disponibilidade: O naming deve considerar a viabilidade jurídica, como a disponibilidade para registro no INPI, e o domínio digital. Isso garante a proteção legal do nome e assegura a exclusividade da marca no mercado.

Conclusão

Naming não é apenas um detalhe estético ou um jogo de criatividade; é um pilar essencial na construção da identidade e no posicionamento de uma marca. 

Um nome eficaz precisa ser mais do que sonoro – deve carregar significado, gerar identificação e facilitar a construção de narrativas consistentes.

Em um mercado saturado, onde a disputa pela atenção é cada vez mais intensa, um bom nome pode ser o diferencial que transforma uma empresa em uma referência. Mais do que escolher palavras, é sobre criar conexões duradouras. 

Ao investir em um naming estratégico, uma marca não apenas se apresenta ao mundo, mas começa a contar sua história da maneira certa.

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